Laboratório apresentou doze palestras; RenovaBio, Projeto SUCRE e Redução de Custos operacionais foram debatidos
O nome da sala organizada pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CTBE/CNPEM) na abertura do 10º Congresso Nacional da Bioenergia realizado pela União dos Produtores de Bioenergia (UDOP) reflete bem a atuação estratégica do Laboratório: Inovações Tecnológicas.
O CTBE participou na última quarta-feira, 22, do principal evento de Bioenergia do país, que reuniu segundo a organização um público de mais 1500 pessoas em Araçatuba, no interior de São Paulo (SP). A cidade, explicou a comissão do evento, se “transformou na capital brasileira da Bioenergia”. Para fazer frente à importância do evento o Laboratório organizou doze palestras envolvendo pesquisadores de três grandes divisões: Agrícola, Industrial e Inteligência de Processos.
Mais de 1500 pessoas visitaram o 10º Congresso de Bioenergia da UDOP, em Araçatuba, durante os dias 22 e 23
Dentre os temas abordados pelo CTBE estavam a RenovaCalc – Calculadora do RenovaBio; o Projeto SUCRE que explora os potenciais de utilização da palha para a cogeração de energia; o recolhimento da palha e seu processamento na indústria, além de palestras sobre Cana-Energia, estratégias para redução de custos agrícolase a Biorrefinaria Virtual de Cana-de-açúcar (BVC).
Para João Nunes Carvalho, pesquisador do CTBE e um dos palestrantes do Congresso, o evento superou as expectativas. “Foi excelente poder ver a a participação de pessoas ligadas ao setor produtivo, aos centros de pesquisas e universidades. Os temas abordados são atuais e relevantes, com foco em estratégias para aumentar as eficiências do processo produtivo”, contou.
Fábio Okuno, René Sordi (Usina São Martinho), João Nunes Carvalho, Daniel Duft e Caio Soares: parte da equipe que representou o CTBE no Congresso UDOP
A 10ª edição do Congresso foi um marco por apostar fortemente, pela primeira vez, em inovação. “As salas de Inovações Tecnológicas do CTBE apresentaram as novidades do segmento e foi um dos grandes pontos da nossa programação”, informou Camila Lemos, do departamento de comunicação da UDOP. Em nota, a organização também destacou que o setor agora começa a observar as startups — modelo de negócios que tem movimentado a economia mundial — como formas de estratégia para um crescimento mais alinhado às novas práticas empresariais.
Os painéis do CTBE foram moderados por nomes de peso para a bioenergia e bioeconomia como um todo. Jaime Finguerut (ITC), René de Assis Sordi (Usina São Martinho), Marlon Arraes (Ministério de Minas e Energia) e Sérgio Castro (CTBE) se dividiram entre os quatro painéis que se estenderam ao longo do dia 22. “Nunca havia visto tantas pessoas reunidas num único congresso”, afirmou o consultor Jaime Finguerut, que moderou as apresentações sobre a Biorrefinaria Virtual de Cana e sobre a “Usina de Oportunidades”.
“A palestra que revelou as possibilidades de aperfeiçoamento das plantas 1G, apresentadas por Daniel Atala (CTBE) trouxe ideias novas que tem potencial para mudar o jeito como fabricamos o etanol 1G hoje no Brasil”, disse Finguerut. “As pessoas associam muito a imagem do CTBE com a segunda geração, e isso é importante, mas as palestras realizadas no Congresso mostram que o Laboratório vai além e tem força para integrar as tecnologias, colaborando com avanços para uma produção mais eficiente e mais atrativa em todas as frentes”, finalizou.