Nessa última semana, o gestor de projeto do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Manoel Regis Lima Verde Leal, foi homenageado com o título de membro honorário vitalício na 30ª edição do Congresso da Sociedade Internacional dos Técnicos de Cana-de-açúcar – ISSCT, da sigla em inglês para International Society of Sugarcane Technologists – que aconteceu em Tucumán, na Argentina, de 2 a 5 de setembro de 2019. O título é concedido a membros do ISSCT que se destacaram no setor de cana-de-açúcar e/ou tiveram uma contribuição excepcional à associação por um período considerável de tempo. São eleitos pelo conselho da Sociedade por recomendação do Comitê Executivo após indicação de seus pares.
Regis, como é conhecido, é engenheiro aeronáutico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e tem uma longa trajetória nos setores de energia e de cana-de-açúcar, tendo passado por empresas como a Promon Engenharia, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e centros de pesquisas como o Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE), da Unicamp, e o Centro de Energias Alternativas e Meio Ambiente (CENAE). Desde 2009 é gestor de projeto no LNBR/CNPEM, atuando na área de energias renováveis e sustentabilidade do bioetanol. Atualmente é Diretor Nacional do Projeto SUCRE, uma iniciativa no LNBR/CNPEM que visa ampliar a geração de energia elétrica com baixa emissão de gases de efeito estufa a partir do aproveitamento da palha da cana-de-açúcar nas usinas do setor sucroenergético brasileiro.
Dr. Manoel Regis Lima Verde Leal, gestor de projeto do LNBR/CNPEM, durante palestra
no XXX ISSCT Congress 2019 | Foto: Divulgação ISSCT
Sobre o Projeto SUCRE
O Projeto SUCRE (Sugarcane Renewable Electricity) tem como objetivo principal aumentar a produção de eletricidade com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE) na indústria de cana-de-açúcar, por meio da palha gerada durante a colheita da cultura. Para tanto, a equipe trabalha na identificação e solução dos problemas que impedem as usinas parceiras de gerarem eletricidade de forma plena e sistemática. Com início em junho de 2015, serão ao todo cinco anos de projeto e um investimento de cerca de US$ 67,5 milhões, sendo US$ 55,8 milhões a parcela estimada de investimentos pelas usinas (grande parte já realizada com a instalação de estações de limpeza a seco, reforma ou compra de caldeiras, turbogeradores, enfardadoras e outros equipamentos). A iniciativa é financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Faciliy), gerida em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e implementada pelo Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Sobre o LNBR
O Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC). O LNBR emprega a biomassa e a biodiversidade brasileiras para resolver desafios relevantes para o País por meio de soluções biotecnológicas que promovam o desenvolvimento sustentável de biocombustíveis avançados, bioquímicos e biomateriais. O Laboratório possui diversas Instalações Abertas a Usuários, incluindo a Planta Piloto para Desenvolvimento de Processos, estrutura singular no país para escalonamento de tecnologias.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Localizado em Campinas-SP, gerencia quatro Laboratórios Nacionais – referências mundiais e abertos às comunidades científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz síncrotron da América Latina e está, nesse momento, finalizando a montagem do Sirius, o novo acelerador de elétrons brasileiro; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) atua na área de biotecnologia com foco na descoberta e desenvolvimento de novos fármacos; o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) pesquisa soluções biotecnológicas para o desenvolvimento sustentável de biocombustíveis avançados, bioquímicos e biomateriais, empregando a biomassa e a biodiversidade brasileira; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas científicas e desenvolvimentos tecnológicos em busca de soluções baseadas em nanotecnologia.
Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos.