Quais fatores determinam o crescimento da cana-de-açúcar e de outras plantas utilizadas para produzir bioenergia? Essa é uma pergunta chave para os fisiologistas do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), interessados em desenvolver espécies mais produtivas e com características que facilitem a conversão da biomassa em etanol e outros produtos.
Para ampliar o contato entre pesquisadores dessa área no Brasil e no exterior, o CTBE vai promover o II Workshop on Sugarcane Physiology for Agronomic Applications, a ser realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2013 no c
ampus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas-SP.
O evento, que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), reunirá especialistas para debater a fisiologia da cana em três sessões: Germinação e Crescimento; Planta vs Interações com o Ambiente e; Fisiologia de Cana em Condições de Campo. Pesquisadores com renomada experiência oriundos do Brasil, Austrália, África do Sul e Estados Unidos apresentarão suas considerações sobre a dinâmica de brotação, crescimento, fotossíntese e nutrição da cultura em diferentes condições de cultivo. Também serão discutidos técnicas de melhoramento genético, seleção de características de plantas, competição entre variedades e outras temáticas.
As inscrições para o Workshop on Sugarcane Physiology for Agronomic Applications podem ser realizadas gratuitamente pelo site www.bioetanol.org.br/sugarcanephysiology até o dia 16 de outubro de 2013.
Lucia Mattiello, pesquisadora do CTBE e coordenadora do evento, explica que o Brasil carece de pesquisas sobre a fisiologia da cana-de-açúcar, apesar do tema ser de extrema importância para a produção de bioenergia. “As pessoas muitas vezes confundem melhoramento clássico com fisiologia de cana. No melhoramento clássico são realizados cruzamentos entre variedades de cana com característi
cas de interesse, enquanto o fisiologista tenta entender a espécie como um todo, independente dos parentais”, explica Lúcia.
A pesquisadora comenta ainda que o evento representa uma oportunidade para divulgar o trabalho do CTBE na área de fisiologia molecular e de manejo agrícola. O Laboratório integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Organização Social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).