Erik Nardini
Ao conversar com os participantes do Workshop Estratégico (WECTBE) sobre macaúba realizado no último dia 7 de junho pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), notei que, com frequência, o fruto era chamado de bocaiúva, coco-baboso e coco-de-espinho. Ainda que seu nome não seja unanimidade – e isso não é nem de longe um problema – todos reconhecem que a Acrocomia aculeata pode aliviar toda uma indústria que depende de óleos de altíssima qualidade.
O Workshop reuniu no campus do CNPEM, em Campinas, cerca de 100 convidados para a 2ª edição do Workshop Estratégico. Estiveram presentes representantes de instituições como Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações (MCTIC), BNDES, Petrobras, Banco do Brasil, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Boeing e Embraer (ambas patrocinadoras do evento), Ypê, Symrise, Cargill, Mercedes-Benz, dentre outras.
Evento reuniu 100 participantes de diferentes instituições públicas e privadas (Erik Nardini/CTBE/CNPEM)
“A escolha da macaúba para a 2ª edição do WECTBE foi certeira”, diz Gonçalo Pereira, diretor do CTBE. “É um fruto que se dá bem em nosso clima e representa uma alternativa extremamente viável, mais produtiva e sustentável frente a outras culturas, como soja e palma”, explica.
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Segundo Carlos Colombo, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), o maior trunfo do pequeno fruto é sua versatilidade. “Ele se presta à produção de óleos para cosméticos, para produção de biodiesel, de bioquerosene e até de farinha”, conta. “O futuro da macaúba é muito promissor”, destaca.
Gratuito e exclusivo para especialistas, empresários e representantes de órgãos públicos, a segunda edição do WECTBE se consolida como um dos mais importantes encontros entre empresários e pesquisadores. “Nossos workshops são orientados à geração de negócios”, explica Carolina Grassi, pesquisadora do CTBE e membro do Comitê Organizador do WECTBE. “Estamos dedicados enquanto Laboratório Nacional a apoiar iniciativas e culturas promissoras, capazes de gerar P&D de qualidade e contribuir para o desenvolvimento do país”, conclui Grassi.
Sobre o CTBE
O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O CTBE desenvolve pesquisa e inovação de nível internacional na área de biomassa voltada à produção de energia, biocombustíveis e bioprodutos. O Laboratório possui um ambiente singular no País para o escalonamento de tecnologias, visando a transferência de processos da bancada científica para o setor produtivo, no qual se destaca a Planta Piloto para Desenvolvimento de Processos.